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PERVERTIDAMENTE SA

PERVERTIDAMENTE SA

Blogosfera em turbilhão

Avatar do autor marquesarede, 19.04.07

Ao que parece, o criador quer controlar o monstro. Será que a blogosfera se transformou num verdadeiro e perigoso 5º poder que é preciso controlar?

O que me parece, é que a Blogos é uma das muitas formas de criar conteúdos na Web. Tem a vantagem de ser habitualmente gratuita e fácil de operar o que a levou a índices de popularidade relevantes e provocou, em muitos, a vontade de acrescentar conteúdo.
Os efeitos Net são exponenciais, mesmo não considerando o que dela é retirado e multiplicado por E-mail. As consequências estão à vista e serão tão mais eficazes quanto o incremento da utilização das tecnologias que os suportam.

Quanto ao Código de Conduta, o de Tim O’Reilly ou qualquer outro que pretenda regular esta actividade, resulta da tentação de alguns para domesticar algo que lhes escapa ao entendimento. Que os Blogs, cada um por si, estipulam as suas próprias regras de conduta, escritas ou não, é uma factualidade. Afinal todos nós nos guiamos por um qualquer código. Daí a criar regras de conduta mandatórias e com determinados padrões comuns, é um absurdo.
Este espaço baseia-se na liberdade e na criatividade.
Regulamentá-lo seria tão ridículo como criar um Código de Conduta para os escritores ou pintores.

 

os bloguistas são na sua maioria considerados de confiança, penso eu, porque são humanos, e demasiado frequentemente os media não o são, são «organizações». De modo geral, os bloguistas dizem-nos quem são e qual é o seu background cultural, revelam-nos os seus preconceitos e os leitores podem julgá-los e discutir com eles a nível pessoal. Os media são grandes organizações muitas vezes monolíticas e são sempre relutantes em compartilhar com alguém as suas perspectivas e as suas ordens do dia.]

Além disso, segundo a análise de Mary Hoddler(...) os bloguistas têm algumas vantagens. Antes de mais, fornecem "expertise" de assuntos muito concretos, frequentemente com conhecimento profundo, enquanto os media têm que cobrir o mundo inteiro em 3 min. Depois, como sustenta Jarvis, são «transparentes» no que respeita às motivações e ao processo: fazem links para as fontes e para qualquer outro documento que possa apoiar a evidência do raciocínio, pelo contrário, «os artigos online da imprensa são escritos sem estar ligados a nada, como se tivessem surgido do nada». Por fim, os bloguistas são muito mais francos acerca dos seus erros.(...) Se os bloguistas fazem um scanning das notícias e passam ao microscópio aquilo que os meios de comunicação de massa dizem, não são tão ingénuos ao ponto de acreditar que são mais fidedignos, nem esperam que os leitores o creiam. O próprio facto de terem um blog e de estarem inseridos num sistema com regras ensina um método (que por acaso é muito próximo dos procedimentos de trabalho ideais de um jornalista): leio uma coisa e decido fazer um post sobre ela; antes de escrever, verifico bem todos os detalhes relatados pela fonte, utilizando o maior sistema de acesso ao saber que existe (a Rede), e se não consigo ficar razoavelmente seguro de algo, digo-o explicitamente. Quem não o faz, frequentemente «apanha pancada» nos comentários ou no post de outro blog, é remetido para uma perspectiva mais correcta ou recebe expertise que enriquece o assunto. Rheingold chama a isso «princípio de correcção».O «pacto crítico» entre Blogosfera e mediasfera é uma mudança importante para os equilíbrios informativos, porque impele inexoravelmente, embora com maior ou menor lentidão, para a transparência. É um jogo de partes em que ambas ficam a ganhar, e até as media companies e os homens do marketing estão a compreender isso. Partilha: http://riquita1303.blogspot.com/